domingo, 26 de setembro de 2010

Cheguei!

(Na verdade, já faz uns dias que eu cheguei. Mas, agora que eu criei o blog, vou postar aqui os emails que mandei pra família.)


Olá, família e amigos!


33 horas, três voos e alguns reais e euros depois de ter saído de BH, pude, enfim, dizer que cheguei. Por incrível que pareça eu não achei a viagem tão cansativa assim, talvez por causa da intensa vontade que eu sentia de estar na Itália e começar logo essa experiência. O primeiro (na verdade, o único) contra-tempo foi a infeliz notícia que tive ao registrar os equipamentos eletrônicos no aeroporto do Galeão. Descobri que, ao contrário do que eu e minha mãe interpretamos pelo site, caso uma pessoa seja parada pela alfândega ao retornar ao Brasil, serão isentos de impostos somente os aparelhos que constarem na Declaração de Saída Temporária de Bens assinada pela própria pessoa. Ou seja, a questão do meu computador permanece, ainda, sem solução. Mas isso eu vou resolver com calma, com a Tia Ângela e Tio Ricardo.

O voo do Rio para Frankfurt passou relativamente rápido. Ao meu lado, sentou um homem de cara fechada e poucas palavras. Nem trocamos nomes. Fiquei impressionado com a variedade de opções de entretenimento individual disponíveis, havia filmes, programas de TV e músicas de vários gêneros (inclusive álbuns completos de vários artistas), só não agradaria a quem realmente não quisesse. Consegui dormir por umas seis horas, assisti a Homem de Ferro 2 e ouvi músicas boas sem gastar a bateria do meu iPod. As refeições também me surpreenderam, quem disse que comida de avião é horrível? O jantar foi carne de panela ao molho madeira, acompanhada de purê de batata, abobrinha cozida, salada de alface, tomate e queijo (com um sachêzinho de vinagrete temperado), pão com manteiga e um bolinho misterioso, mas muito gostoso, de sobremesa. O café da manhã teve uma saladinha de frutas, um sanduíche de presunto e ovo (identifiquei o segundo ingrediente na minha boca e, realmente, continuo não gostando de ovo) e um pãozinho com manteiga.

Conheci uma gaúcha simpática na entrada do avião, depois nos reencontramos saindo para o aeroporto de Frankfurt. Ela está indo a Zurique encontrar o namorado, mas não sabia nada de alemão e quase nada de inglês. Tomei a liberdade de ajudá-la a passar pela área de imigração (embora eu estivesse em uma fila separada, para cidadãos europeus, huhu) e encontrar seu portão de embarque. Depois de nos separarmos, eu estava, mais uma vez, à toa. Explorei um pouco o aeroporto (que é IMENSO), mas sem me aventurar muito longe do meu objetivo: meu próprio portão. Os restaurantes e lanchonetes de lá são tão bonitinhos, mas os produtos eram caros, como esperado. Aproveitei que estava na Alemanha e comi um ramen (sopa típica japonesa)! Agora, o mais legal do aeroporto foi ver alguns funcionários indo para lá e para cá, andando de bicicleta (daquelas bem românticas, com cestinha) com cara séria e pose de gente ocupada.

Por fim, o aeroporto de Bologna me fez lembrar daquilo que dizem, que a Itália é o Brasil da Europa. Não aconteceu nada de mais não, só as malas que demoraram a aparecer. Foi mais por causa da cena, um monte de gente amontoada perto das esteiras imóveis, impacientes e ansiosos para pegar suas bagagens e ir embora. Eu não conheci quase nada da cidade, mas já deu pra ver que ela é muito simpática enquanto estava no taxi, vindo do aeroporto. Embora não estivesse tão movimentada, vi pessoas conversando em cafés e passando pelas ruas e praças.

Agora que eu estou em 'casa', vou tomar um banho e ver se durmo, pra tentar não sofrer muito com a mudança de fuso horário.
Ah, não se acostumem com emails desse tamanho e com esse nível de detalhe! Os primeiros três parágrafos foram escritos em Frankfurt (seguindo recomendação/súplica da mamãe), porque eu tava bodando.

Beijos e abraços!

Um comentário:

  1. Eu nunca achei comida de avião ruim... E você deu sorte que nada deu errado em todas as suas conexões. Atualmente, isso é um milagre!

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